O acordo ortográfico é um (des) acordo

Articulado desde 1986 deveria ter iniciado em Janeiro de 1994 e não começou, pois só em 2008 Portugal votou e aprovou o projeto, porém ainda não sancionado pelo Presidente da República Portuguesa o acordo está se tornando um (des) acordo, pois não estamos obrigados, pelo menos até 31/12/2012, a cumprir as regras acordadas. Mas vejamos:


O que muda basicamente são três itens, sendo o primeiro no alfabeto, o retorno das letras “k”, “w” e “y”, retiradas na reforma ortográfica de 1943. Passa agora, o nosso alfabeto a ter 26 letras.


O segundo item diz respeito aos acentos, ou seja, “nenhuma” (força de expressão) palavra que não era acentuada passará a ter o sinal diacrítico (do grego διακρητικός, que distingue). Como toda regra tem exceção, a palavra “forma” atuando no contexto como sinônimo de “molde” passa a ter acento optativo. Com os acentos, só teremos perdas.


Os grupos “ei” e “oi” perdem acento nas palavras paroxítonas. Exemplo: “idéia”, fica “ideia”. Mas as oxítonas continuam como antes. “herói”, “dói” etc.
Outro acento que se perde em 2012 é o quase extinto. Os grupos ”ee” e “oo” em palavras como lêem vêem enjôo passarão a ser escritas leem, veem e enjoo.
Quem optar por escrever palavras desses grupos com o computador deverá ter o cuidado de fazer um “ctrl z” depois de digitar a última letra se o PC estiver programado para acentuá-las.
Finalmente, o terceiro item fica por conta do hífen, que merece um trabalho maior de ilustração. Aguardem!

Prof. Jorge Luiz Malkomes Muniz

“As coisas mais belas são as que a loucura sopra e que a razão escreve” (André Gide)

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